Com Vanderlei Cordeiro de Lima, abertura da Olimpíada do Exército reúne atletas de todo o Brasil

Com Vanderlei Cordeiro de Lima, abertura da Olimpíada do Exército reúne atletas de todo o Brasil

Campinas (SP)– Após dois anos suspensa devido à pandemia de Covid-19, a Olimpíada do Exército - Bicentenário da Independência voltou a ser realizada neste sábado (9). Aproximadamente 1 mil atletas militares de todo o Brasil competirão em 13 modalidades até o dia 16 de julho.

A solenidade de abertura ocorreu na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e teve início com o hasteamento do Pavilhão Nacional, da bandeira do Estado de São Paulo, das insígnias dos Comandos Militares de Área e da Comissão de Desportos do Exército (CDE). 

Na sequência, autoridades, delegações e atletas entoaram a Canção do Exército e presenciaram o momento em que o Tenente-Coronel Rogério, atleta de natação do Comando Militar do Sudeste (CMSE), acendeu a pira olímpica. 

A cerimônia também foi marcada pelo juramento do atleta, proferido pelo ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, bicampeão dos Jogos Pan-Americanos, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e o único latino-americano outorgado com a Medalha Pierre de Coubertin, a maior condecoração de cunho humanitário-esportivo concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). 

"Juro que me apresentarei na Olimpíada do Exército como concorrente leal, respeitando os regulamentos e desejoso de participar com espírito cavalheiresco para o bem de nossas representações e para a glória dos desportos da Força Terrestre", bradou o ex-maratonista.

Em suas palavras, o Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comemorou o retorno da Olimpíada do Exército e endossou os valores de coesão e camaradagem proporcionados pelo esporte. "Eu desejo que a competição seja coroada de êxito. Infelizmente, nem todo mundo pode ganhar, mas talvez a maior vitória seja estar aqui. A maior vitória é vestir a nossa farda, é acreditar no nosso país e cooperar com as missões constitucionais que a gente recebe da sociedade" afirmou. 

Vanderlei Cordeiro de Lima também destacou os valores de disciplina e comprometimento. "Nós, atletas, temos um grande dever: o de passar isso adiante e, sem dúvida, eu estou aqui como um dos representantes do esporte brasileiro para passar esse exemplo de motivação e inspiração e, o mais importante, que a gente nunca desista dos nossos sonhos", disse.

Ao final da solenidade, os atletas dos oito Comandos Militares de Área, além do grupamento de atletas paralímpicos, desfilaram pelo estádio da EsPCEx. Esta é a primeira vez que a Olimpíada do Exército conta com a modalidade Tiro com Arco Paralímpico. 

E para encerrar a cerimônia, a equipe Os Cometas, da Brigada de Infantaria Pára-quedista, realizou uma demonstração de salto livre. 

Diversas autoridades militares estiveram presentes, entre elas o Chefe de Departamento de Educação e Cultura do Exército, General de Exército Flávio Marcus Lancia Barbosa.

Fotos: Cb De Lima

Histórico 

A Olimpíada do Exército (OE) teve sua origem nos Jogos Desportivos Militares (JDM), competições regionais da antiga Liga de Sports do Exército (LSE-1920). Foi realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro em 1949.  

A partir de 1969 foram organizadas oito olimpíadas: na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ); no Rio de Janeiro (RJ); em Curitiba (PR); em Belo Horizonte (MG); em Porto Alegre (RS); no Recife (PE); em Brasília (DF); e em Campinas (SP).  

Em 1981 surgiram os Jogos Marciais (JM), em substituição à Olimpíada do Exército, focados principalmente nos esportes militares. Os JM foram realizados até 2009 e, posteriormente, passaram a se chamar Jogos Desportivos do Exército (JDE). 

No ano de 2011, a competição foi suspensa em razão dos 5º Jogos Mundiais Militares (JMM). Já em 2013, os jogos aconteceram no Rio de Janeiro (RJ) e, em 2015, em Brasília (DF), com a inauguração do Ginásio Vera Cruz, uma moderna arena desportiva do Exército.  

Também em 2015 ocorreu a sexta edição dos JMM. Com isso, o Exército decidiu alterar os anos de realização dos JDE para os anos pares, de modo a não coincidir com os JMM. 

Brasília sediou os últimos JDE, em 2018. Em 2020, os jogos foram suspensos em virtude da pandemia de Covid-19 e transferidos para o ano de 2021. Em 2021, as restrições permaneceram e os JDE foram suspensos de novo. 

Neste ano, em comemoração aos 200 anos da independência do Brasil, a competição ganhou o nome de Olimpíada do Exército – Bicentenário da Independência, com estreia do tiro com arco paralímpico, da escalada e do karatê. 

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